Feira de Fragmentos

Quando os autores falam por e para nós.

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Local: do mundo, Brazil

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Malemolência

Veio até mim
quem deixou me olhar assim
Não pediu minha permissão
Não pude evitar, tirou meu ar

Fiquei sem chão

Menino bonito, menino bonito ai
Menino bonito, menino bonito ai

É tudo o que eu posso lhe adiantar
O que é um beijo se eu posso ter o teu olhar?

Cai na dança, cai
Vem pra roda da malemolência

[de Céu.]

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Lá vem Teodora Maria outra vez.

Teodora Maria não é uma boa pessoa. Não consegue nem chorar lágrimas cristalinas. Embora esteja triste que só vendo!

Teodora Maria não presta. Não respeita. Não se respeita.

Teodora Maria é também um pouco mais triste hoje. Acredita um pouco menos no mundo e tem uma pedra no peito.

Teodora Maria não pensa para agir. Sai machucando pessoas. E quem mais se machuca é ela mesma.

Teodora Maria detesta incertezas. Não vive bem com elas. Por isso vive colocando o carro na frente dos bois.

Sonha demais. É racional de menos.

Teodora Maria entregou suas fantasias. Voltou ao mundo real. Sórdido. Como ela.

Deu seu último suspiro. Logo ela que achava que só o suspiro valia a pena. Ela que sonhou tanto e agora espera tão pouco.

É uma viciada essa Teodora Maria. Não se entende consigo.

E Teodora Maria foge. Caminha. Toma chuva. Se entrega. Teodora Maria é uma passional.

Ela esquenta. Depois esfria.

Ah Teodora Maria!

De que adiantou fugir?Do que fugia Teodora Maria?

Agora sofre.

Agora chora.

Agora afunda.

[Agora morre Teodora Maria. Busca os restos de ti.Será mais difícil que achar uma agulha no palheiro.]